sábado, 20 de novembro de 2010

"A GUERRA ACABOU".



Silêncio no céu do Nordeste. Após mais de 20 dias, a CRUZEX V chega ao fim, depois de reunir caças e militares do Brasil, Chile, França, Estados Unidos e Uruguai. Terminou o conflito simulado que transformou o sertão em palco do maior exercício de guerra aérea simulada da América do Sul.
Foram quase 950 decolagens e cerca de 1.200 horas de voo. Natal, Fortaleza, Recife e Campina Grande receberam as aeronaves subordinadas por um só sistema de Comunicação e Controle que mostrou a capacidade brasileira de realizar grandes manobras militares. Foram quase 100 aviões e helicópteros envolvidos em missões complexas como o Combat-SAR e o combate aéreo além do alcance visual.
Na história fictícia criada como pano de fundo para as ações, a força de Coalizão conseguiu conquistar a superioridade aérea e as aeronaves apoiaram a invasão terrestre simulada. Com a operação "Yellow Free", as tropas vermelhas recuaram.
Mas essa não é a principal vitória na CRUZEX V. Os principais ganhos do Exercício acontecem no mundo real. Saem vitoriosos todas as forças aéreas que puderam compartilhar seus conhecimentos e aprender cada vez mais. Ganha também a amizade entre os países.
A capacidade de operar como uma Força de Coalizão nos moldes dos últimos conflitos internacionais demonstra também o potencial dos país envolvidos. O treinamento real permitiu que todos aperfeiçoassem ao máximo a qualidade de planejamento de emprego do poder aéreo.
Os mais de três mil militares participantes, do piloto de caça ao cozinheiro, tiveram a oportunidade de testarem o limite da capacidade de cumprirem suas missões. E, pelo que vimos, o êxito foi alcançado em cada uma delas.
Nos aeroportos, especialmente o da cidade de Natal, a CRUZEX V significou tão somente a oportunidade de ver em solo brasileiro a presença de aeronaves estrangeiras como o Rafale, F-16 e A-37. Graças ao sistema integrado de defesa e controle do espaço aéreo, o exercício não provocou atrasos para a aviação comercial.
O cidadão brasileiro também é vencedor. Pela TV, rádio e jornais, e também por meio de veículos de comunicação mais modernos, como o Twitter e o Youtube, foi possível acompanhar de perto o profissionalismo e dedicação da Força Aérea Brasileira. Tudo com o único objetivo de fortalecer a capacidade de proteger o espaço aéreo brasileiro.
É por isso que, apesar da guerra ser simulada, a vitória da CRUZEX V foi real.

Matéria retirada do site: http://www.cruzex.aer.mil.br/

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Muitos caças, um só objetivo!

Nenhuma aeronave parte sozinha para o combate na CRUZEX V. Duas vezes ao dia, grupos de até quarenta aviões chegam juntos ao início da pista de pouso da Base Aérea de Natal para mais uma missão na Guerra simulada. São os chamados "Pacotes", grupos de aeronaves que vão unir suas capacidades para derrotar as forças hostis.
"Um Pacote permite otimizar recursos e maximizar os resultados", resume o Tenente-Coronel Sérgio Bastos, comandante do 1°/16° GAV, o Esquadrão Adelphi. Segundo ele, enquanto os aviões de ataque partem para destruir os alvos no solo, caças de alto desempenho enfrentam possíveis inimigos no ar, enquanto outros atuam na destruição de radares e da defesa anti-aérea. Um Pacote pode reunir, por exemplo, desde aeronaves que atingem duas vezes a velocidade do som, como os Mirage 2000, até o turboélice Super Tucano, mais adequado para combates próximos ao solo.
Em um desses caças, um piloto terá a tarefa de comandar todas as aeronaves. É o chamado Líder do Pacote, responsável pelo cumprimento de toda a missão e ainda de manter a segurança de cada um dos aviões. “A gente sonha com essa responsabilidade”, confessa o Tenente-Coronel Sérgio Bastos. Para ele, essa é uma das grandes experiências que o caçador pode ter em um exercício como a CRUZEX V. “Não existe o pior plano ou ou melhor plano: existe o plano adequado”, explica.
Com a experiência de ter paricipado de três edições passadas da CRUZEX e de um do Exercício Red Flag, nos Estados Unidos, o Tenente-Coronel Sérgio Bastos ressalta que a cada ano que passa, o desafio para os pilotos é maior, e o ganho de conhecimento também. “Com aeronaves capazes de levar armamentos melhores, a preparação da missão evoluiu muito”, afirma. “Essa é uma grande oportunidade para a Força Aérea. A gente pode interagir com outros países, ganhar conhecimentos e trocar experiências”, conclui.


CRUZEX V - A GUERRA É SIMULADA. O TREINAMENTO É REAL.

Matéria retirada do site: http://www.cruzex.aer.mil.br/

CRUZEX V